No início do século XVIII não havia nenhum interesse por parte dos donatários de terras de explorar os limites oeste de seus já muito fragmentados territórios, eles se contentavam no local onde a terra poderia ser explorada, e suas produções facilmente mandadas para a Europa. Poucos tinham o desprendimento de se aventurar pelos sertões do Planalto Central, quem o fazia era por ordem direta da Coroa.
Relatos de Silva Braga, reportam que Bartolomeu Bueno da Silva Filho chegou à São Paulo dia 25 de outubro de 1725, feliz com a descoberta de recentes jazidas em cinco diferentes ribeirões, nas terras do Planalto Central.
O primeiro foi encontrado em 1722, a expedição realmente fundadora, composta de mais de 180 homens, e apenas 40 voltaram, conforme a crônica de José Ribeiro da Fonseca, a qual integra a ´notícia geral da capitania de Goiás´, organizada pelo autor.
A viagem para o centro oeste consumiu 40 vidas somente nas suas grandes chapadas do Planalto brasiliense. No entanto, uma nova bandeira de 1726, já vinha melhor estruturada, era composta até de um engenheiro de Minas acompanhado por vários capitães e seus mateiros, que desembocaram no Rio Vermelho, localizado na Serra Dourada onde havia um pequeno reduto administrativo lusitano, hoje a atual Goiás Velho.
Segundo o político Americano do Brasil, as Minas de Meia Ponte datam de 1729, e é essa data da expedição conduzida por Urbano do Couto Menezes e Manoel Rodrigues Tomás ao Planalto Central, a qual resultará na descoberta das minas de Meia Ponte, para que em 1731 pudesse ser fundada o Arraial de Meia Ponte.
Como era de se esperar as côrtes logo se interessavam muito sobre as terras goianas. O Rei D. João V manda uma carta para o Governador de São Paulo, em fevereiro de 1732, demonstrando uma aflição pela falta de notícias da nova mina de Meia Ponte e seus fundadores.
Urbano do Couto Menezes e Manoel Rodrigues Tomás continuaram a fundar arraiais pelo sertão planaltino até 1754.
Fonte:
A história da terra e do homem no planalto central
Paulo Bertran. 1994
Obs * A cidade de Meia Ponte, só foi nomeada de Pirenópolis no século XX.
A Matutina Meiapontense foi um jornal que circulou na província de Goiás entre 5 de março de 1830 a 24 de maio de 1834, totalizando 526 números, e é considerado o mais antigo do Centro-Oeste, pois surgiu no período do 1º Império do Brasil, editado na Vila de Meia Ponte, hoje Pirenópolis, pelo comendador Joaquim Alves de Oliveira, tendo como primeiro diretor o padre Luís Gonzaga de Camargo Fleury.