A Chapada da contagem tem uma história única e repleta de curiosidades que remonta o período colonial do século XVIII. A primeira edificação pública da região foi criada para ser um ponto seguro de travessia dos mantimentos secos, (couros, tecidos e utensílios) e molhados (Alimentos) na rota da Serra do Ouro para as vilas localizadas à oeste, eram vilas de armeiros e mineiros, principalmente paulistas e baianos, que se configuraram em uma novidade para o inexplorado centro oeste do século XVIII.
O interesse da coroa portuguesa nas terras das Minas de Goiás (como o Estado era chamado na época) levou o comendador Urbano do Couto Menezes a construir aquele que viria a ser o verdadeiro primordial edifício público governamental do DF, a casa de contagem era localizada no alto da colina norte seguindo o Rio Paranoá (entre o Lago norte e Sobradinho , precisamente no posto colorado.) nela eram realizadas todas as burocracias atribuídas a finança da colônia, eram recolhidos impostos sobre todos os produtos, escravos armas, pedras preciosas e claro, ouro.
A região era muito lucrativa pois representava o último posto que levava as vilas do Oeste, ainda não muito habitadas pelos portugueses, que priorizavam as cidades litorâneas. Cidades como Santa Luzia, Meia Ponte, Corumbá, Mestre D'armas e Imperatriz de Formosa, floresceram no século XIX.
Esse movimento de consolidação social foi extremamente relevante durante o fortalecimento imperial e a construção de sentimento de nacionalidade, longe do litoral voltado para as raízes européias. Processo que se mostrou pioneiro para o fundamento do artigo primeiro da constituição republicana de 1891, que configura a mudança da capital para o centro oeste.