Todos os grupos ancestrais tinham uma cultura organizada em clãs ou líderes, um status adquirido ou por ligação com algum Deus ou por domínio militar.
Essas organizações clânicas, a partir de clãs, evoluíram para os grupos que habitaram na Antiguidade as regiões da Mesopotâmia e o entorno do delta do rio Nilo, no nordeste da África Mediterrânica e também nas estepes da Eurásia.
É atribuído a esse povo de inventores um decisivo legado histórico à evolução humana, não só por inventar a roda, mãe de todos os mecanismos modernos, mas pela maior de todas as invenções, as cidades. As cidades, esses incríveis aglomerados de seres humanos em relativo estado de ócio provocado pela cultura que conduz à busca de moradias próximas às vias que interligam os principais pontos estratégicos de ocupação e circulação no território dessa organização.
Essa formatação de vida organizada levou os humanos a contarem com uma rede social intensa e voluptuosa, por volta de 5000 antes de Cristo. Era o início de uma grande migração de povos diversos que confluíram para uma mesma região, formando aquilo que conhecemos como as primeiras cidades sumérias, vindos em busca dos frutos cultivados nas fazendas mais primitivas da humanidade, num fenômeno que teria mudado a situação deles como nômades, para o relativo estado de ócio entre os habitantes: eles preferiram se estabelecer ali e cultivar a terra, em vez de ir à caça ou coleta de alimento em lugar distante daquele. Evitavam, assim, deslocar-se por vários quilômetros que significasse dias de caminhada. A troca de alimentação se tornou possível, é claro com a manipulação do fogo, num fenômeno crucial ao nosso entendimento sobre a transformação do modelo de sociedade que então se realizou.
Esse tipo de manipulação social nos remete aos tempos das primeiras aglomerações humanas, com uma feição mítica que se estende a outros fatos primitivos. É o caso da mitologia grega, que explica não apenas a manipulação do fogo, mas também o surgimento da mulher entre os humanos. Consideramos essa intensa mudança na humanidade como o final da era neolítica, a última fase da Idade da Pedra. É quando humanidade passa a contar com a tecnologia para ultrapassar todas as adversidades naturais que surgem em seu caminho. Estabelecem então outras organizações mais complexas, baseadas em relações de troca. Formam-se os laços de trocas, inspirados na antiga distribuição de mantimentos de uma cultura comum.
O escambo nasce dessa relação baseada na necessidade de todos terem direito aos frutos da região. Essa concepção impulsiona o sentimento de unidade entre os moradores do lugar. Com o deslocamento de pessoas rumo a esses centros polarizadores revigora os aglomerados e desperta a necessidade de formação de novas cidades.
Nesse impulso surgem Ur, Uruk, Assur, Nínive e a célebre Babilônia com seus jardins suspensos.
Todas na Mesopotâmia. Houve todo um processo histórico para esse entendimento.
Sabemos que as primeiras Cidades - Estado da Mesopotâmia surgiram em torno do poder
cultural dos sumérios diante de outros grupos que ocupavam a região. A supremacia deles era bem evidente na organização social, como nos costumes religiosos ou político-econômicos.