Nossa História é repleta de contos Heróicos, desde Gilgamesh até os mais novos heróis criados por uma cultura de culto do super Humano, a cada época pôde-se detectar um campeão específico para seu tempo, e essa relação é importante para que se estabeleça uma adoração religiosa ou mesmo social.
Nesse contexto podemos relacionar a origem das monarquias, que de certa forma são oriundas de lendas ou vitórias divinizadas em batalhas. O Herói é um arquétipo humano necessário para que tenhamos adoração, e assim consolidamos essa prática social de dominação sutil e voluntária. Tendo na figura do herói uma das primeiras formas de entretenimento de massa, ainda no século XXI a.c, contos dos sumérios antigos foram os primeiros a fazer parte dessa longa e empolgante história. Isso nos mostra o fascínio que temos nas fábulas de Super Humanos.
Esses contos fazem parte dos primeiros documentos deixados pelos Humanos, são contos Heróicos que tem o objetivo de expressar a grandiosidade de nações ou reinos. Não há qualquer nação primária que não tenha um líder ou linhagem surgido dessa forma. Os Gregos elevaram essa condição e passaram a ter histórias heróicas para explicar cada aspecto de sua sociedade, ao ponto que os documentos gregos usados de base para os principais estudos historiográficos são dois livros de contos criados por Homero, no século VIII a.c, e essa prática se repete nos contos Egípcios datados de séculos antes. A construção de um panteão faz parte do processo unificado de educação comportamental identificado nestes Estados Primários. Como se todo Estado Antigo tivesse uma "Liga da Justiça" de Deuses e sua prole divina para nos proteger e punir.
No decorrer dos séculos a cultura se transformou, demarcado por dois movimentos históricos importantes, a reunificação da China, após o período conhecido como época dos Reinos belicosos de 1.100 a.c até o ano do ano 555 com sua unificação. Entretanto, o mais importante para que os heróis criados mudassem de cara foram as quedas dos impérios Romano e Bizantino, dando início à idade média, mudando de fato todos os principais elementos culturais estabelecidos. Por um lado, a igreja investe na criação de homens santos, milagrosos, detentores de poderes divinos, e por outro lado estavam os heróis dos "Bárbaros Invasores" com a cultura nórdica ligada em entidades da natureza personificadas como humanos.
No oriente o culto ao super-humano, estava fortemente ligado ao budismo, monges e mestres, todos exerciam um papel social, primeiramente para manter a ordem em poucas mãos responsáveis. E também na forma de manter o povo unido diante de um líder, ou figura de destaque, e é assim que aparece a figura do herói descolado de um clã, ou divinizado de alguma forma. Figuras como Confúcio, foram pioneiros em serem Heróicos sem armas, e abriram portas para que outros professores, mestres e profetas pudessem adentrar no campo dos Heróis. Mesmo que sem poderes especiais.
O que faz um herói são suas atitudes, filosóficas ou militares, de qualquer maneira essas atitudes são produto de uma época específica, sendo o herói um ser mutante, mudando de face e ideal conforme a necessidade temporal de cada sociedade.
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