Os primeiros passos dos franceses rumo ao Brasil, foram o resultado do desleixo português nas terras recém-descobertas. Grande parte desse desleixo dos portugueses, deveu-se ao fato que não havia publicações lusitanas relatando, de forma adequada, a situação na colônia americana, mostrando um claro interesse nas Índias, e não nas terras Cabralinas, onde havia somente o trato da madeira, que deu origem ao nome do país.
O movimento francês se dá através do comércio dessa madeira, o pau-brasil, lucrativo e valioso. As atividades em torno desse produto, mudaram a maneira da Europa ver a América. Os franceses tintureiros vieram em 1555, comandados por Nicolau Durand, e ocuparam os espaços onde os portugueses não se estabeleceram, principalmente na região onde seria o Rio de Janeiro.
Essas expedições foram sistemáticas até 1594, e trouxeram naturalistas, corsários, e espiões a mando de nobres exploradores, para dar aos europeus uma visão do que seria a América, publicando em livros, caminhos, espécies encontradas no país, e como se obter (extrair) a madeira valiosa. Os franceses ainda voltaram em 1666-1736, durante o Reinado de Luís XIV, ameaçando invadir a cidade e a entrada na
região das minas, esta precariamente administrada por Portugal.
Apesar dos entraves, o Tratado de Madri firmado em 1750 manteve as terras sob administração portuguesa, abrindo o caminho para as reformas pombalinas (1750-1777), que mudaram a forma do Reino cuidar da sua mais lucrativa colônia.
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