No dia 8/1/2023 Brasília tomou um susto, foi como se uma guerra tivesse acabado de começar, e o alvo éramos nós mesmos. Enquanto nos admiramos com a seleção de ministros do novo governo que ocorreu durante a semana de posse, tivemos um ar de normalidade política depois de anos sem dar voz a quem ficou tanto tempo sendo oprimido, tínhamos quase certeza ter passado o pior, mas este blog é sobre arte e história, assim vou me ater somente a isso.
A horda de bolsonarismo que invadiu a Esplanada dos Ministérios, tinha o alvo premeditado, estavam de olho nos gabinetes de quem pudessem destruir, para livrar aliados maquiavélicos, foi uma ação para queimar arquivos e computadores, uma ação extremamente mal organizada e sem nexo, já que tudo de importante já está em nuvens digitais. Mas o ódio tem várias formas de se manifestar, e as obras de arte dos palácios atacados foram suas maiores vítimas. Foram destruídas obras como a tela "Mulatas" de 1962, do artista plástico brasileiro Di Cavalcanti que foi atacada e rasgada a facadas. No Congresso Nacional, o Vitral da artista plástica Marianne Peretti, Araguaia, de 1977, foi dilacerado, dentre outras obras igualmente importantes que foram totalmente destruídas pelos terroristas e vândalos.
Esta é uma mostra da força da extrema direita que realmente não pensa nos preceitos da cultura, nem como uma forma de perpetuar uma identidade, educando e embelezando a existência institucional no meio democrático.
Os criminosos do ato do dia 8 de Janeiro, não atacam somente os aspectos físicos e suas obras, atacam a urbes desenhada para todos os brasileiros sob ideais modernistas, que representa um patrimônio histórico e artístico tombado pela UNESCO, abalaram e mostraram uma face oculta desde o fim da segunda guerra, suas ações orquestradas visam causar o maior abalo possível no Estado, para instaurar uma ditadura, assim como nas forças do eixo durante a segunda guerra, e não vamos nos enganar, a arte é a maior expressão de um povo, quando se ataca isso não resta mais o que ser conversado.
Sem Anistia para os culpados. É tudo que nos resta a dizer.
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