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Foto do escritorLuigi Pedone

Os Caminhos Romanos



Todos nós já ouvimos a expressão, “todos os caminhos levam à Roma”, mas de fato, o que isso significa?

É o tamanho do legado da civilização romana, para todas as nações ocidentais. Um estímulo social para que os reinos, e posteriormente países que se consideram herdeiros de sua cultura, religião e arte.

A cultura romana era composta de várias outras, pois os romanos se contaminam facilmente pela cultura de seus subordinados e vizinhos, o que sempre lhes trouxe vantagens, incorporando hábitos religiosos, alimentares, e até a forma peculiar de cada território conquistado, era de certa maneira absolvida pelos romanos.

Roma nasce em 783 a.c, nas redondezas da cidade etrusca de Alba Longa, a lenda nos conta que os romanos eram supostamente troianos, que fugiram da Homérica Guerra de Troya para Jônia (península itálica), escapando dos Atenienses e Espartanos , onde dois mitológicos irmãos, foram amamentados por uma loba mística, eles eram Rômulo e Remo, que construíram uma cidade às margens do Rio Tibre, mas em certo momento, houve uma divergência sobre quem governaria a cidade. Rômulo matou seu irmão Remo, e nomeou a cidade Roma.

A Etrúria (Jônia para os Gregos) não se configurava em um império e sim numa região cosmopolita, onde se falava latim, egípcio, grego e até o alfabeto fenício que era entendido com facilidade. O poder dos romanos vem das primeiras dinastias dos reis etruscos, que entenderam este potencial de comunicação e se direcionaram para o comércio de estanho, se tornando um forte agente financeiro na era do bronze.

Mas é no seu período republicano que o sistema de cúrias se forma, e dá origem ao poderoso Exército, ao Senado e ao conceito de Civilis, já emprestado dos vizinhos Gregos. Nesse tempo aconteceram várias guerras civis, porém, todas só vieram para consolidar as ordens criadas, e para equilibrar o poder na república, dando origem ao Fórum, que era a morada da justiça, vista na época com muita influência religiosa da Deusa Justiça (em Latim: Iustitia; também referida como Justitia) era a deusa romana que personificava a justiça. Correspondia, na Grécia, à deusa Dice, algo bem longe do que ela se tornaria na sociedade atual.

No seu período imperial Roma se tornou mais poderosa do que nunca, o império romano surge das cinzas deixadas pelos macedônios, que se dividiram pelo controle do mundo de Alexandre Magno após sua morte. Foi relativamente fácil militarmente, porém os seus maiores inimigos não estavam fora dos limites da cidade de Roma, e sim nas suas instituições estatais. Contudo, auge e o ocaso do império, vieram pela mesma via, o cristianismo.

Depois de guerras contra Cartago, Grécia, Gália e Bretanha, os Romanos em 333 D.C aderem ao cristianismo, que já estava presente no império há pelo menos dois séculos, e se mantém bem enraizado na sociedade romana da época, até os dias atuais. O agente transformador de Roma, foi o imperador Constantino. E isso literalmente dividiu o império em dois, com um dos lados não cristão, ligado às tradições gregas e etruscas, e outro que representa nova Roma dos cristãos, construída sob as ruínas Gregas, em Bizâncio, Constantinopla (cidade de Constantino) foi um pólo inovador para artes e diplomacia. Roma se manteve ligada às antigas tradições até 486 d.c, quando os povos germanos subordinados tomaram o poder da Cidade, dando início ao desmonte da antiga tradição romana.

As antigas estruturas foram mantidas, quando os invasores estrangeiros chegaram. Dando início a um cristianismo católico, mas sem perder muito das suas tradições. Prova disto é o Vaticano, construído em terras sagradas para os etruscos. Os líderes eram estrangeiros que tentaram manter as instituições romanas, acrescentado nomenclaturas como Sacro, e Germânico, junto com título de imperador de Roma.

A península itálica se dividiu e recebeu o nome dos povos conquistadores, um exemplo, é a Lombardia, dos Lombardos, a Gália dos Francos Merovíngios e na Bretanha dos Vikings que se mantiveram formando novas nações. Vemos neste processo de fragmentação a chave para a sobrevivência do ideal romano, ainda vivo em muitas partes do mundo.

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